Termopar tipo R características

Características:

  1. Define a Escala Internacional Prática de Temperatura / IPTS na faixa de 630,74°C (ponto de fusão do antimônio) a 1064,43°C (ponto de fusão do ouro), sendo adotado como padrão nesta faixa.
  2. Apresenta boa precisão em altas temperaturas embora tenha uma milivoltagem baixa se comparado a outros termopares, devido a pureza de seus fios.
  3. Recomendados para uso em atmosferas inertes e oxidantes em regime contínuo.
  4. Vapores metálicos são prejudicais e devem ser usados tubos cerâmicos de alta alumina.
  5. Uso em altas temperaturas, não observando uma proteção adequada ou bitola do fio, o rompimento do sensor se dá pelo desgaste dos elementos. Em altas temperaturas a platina fica susceptível à contaminação e grãos são formados ao longo do fio, provocando mudanças na sua calibração e rompimento, caso não sejam devidamente protegidas.
  6. Para altas temperaturas (acima de ± 1350°C), devem ser utilizados capilares e tubos protetores de alta alumina (tipo 710).
  7. Normalmente utilizados nas bitolas: 24 AWG (0,51 mm), 27 AWG (0,35 mm) e 30 AWG (0,30 mm).
  8. Devido a sua grande precisão e estabilidade em altas temperaturas, são usados como padrões em laboratórios de calibração. Utilizado como padrão na calibração de outros termopares.
  9. Os termopares de platina de um modo geral não podem ser usados em atmosferas sulfurosas e se utilizados devem ser cuidadosamente protegidos para evitar a contaminação de seus fios.
  10. Mudanças na calibração podem ocorrer pela difusão de Ródio do elemento negativo para o positivo, ou pela volatilização do Ródio (elemento positivo).
  11. Se protegidos adequadamente, podem ser usados em atmosferas redutoras.
  12. No vácuo, apenas por períodos curtos de tempo e devidamente protegidos.
  13. Contaminação dos fios de platina se apenas protegidos por tubos metálicos e não devidamente isolados internamente.
  14. A diferença do termopar tipo “S” (PtPtRh10%) e o termopar “R” (PtPtRh13%) além da sua potência termoelétrica menor (Tipo “S” < 10% em relação ao “R”), também temos a resistência mecânica. Quanto maior o nível de Ródio, maior a resistência mecânica do termopar. Desta forma em temperaturas máximas de 1400°C à 1450°C se a posição do termopar for vertical o elemento tipo R é mais indicado que o tipo S. O próprio peso do fio de platina pode fazer com que exista a ruptura do mesmo devido a sua bitola ser extremamente fina. Normalmente acima de 1400°C na prática já não usamos o termopar S em montagens convencionais.

Aplicações: As mesmas do tipo “S”. Metalúrgicas, Siderúrgicas, Fundição, Usina de Cimento, Vidros, Cerâmica, e Pesquisa Científica. E utilizado em “Sensores Descartáveis” na faixa de 1200°C a 1768°C, para medição de temperatura de metais líquidos em Siderúrgicas e Fundições.

Potência termoelétrica dos termopares

É a relação que expressa a quantidade de milivoltagem, gerada a cada grau celcius de variação de temperatura. A expressão matemática que define a potência termoelétrica é:

           m V

Pt =  ———

           ° C

Como a milivoltagem gerada por 1°C de variação é um número muito pequeno e como a variação da f.e.m. gerada em função da temperatura não é linear, é usual definir‑se a potência termoelétrica média no intervalo de utilização de cada termopar e multiplicar‑se este valor por 100°C.

Potência termoelétrica dos termopares

Figura ‑ Como vemos no gráfico, ΔT1 = ΔT2, mas como a curva não é linear temos a PT1 (Potência Termoelétrica 1) e PT2 (Potência Termoelétrica 2) definida pela tangente dos intervalos considerados. Esse valor deve ser multiplicado por 100 para facilitar o estudo.

A potência termoelétrica é uma grandeza útil na caracterização e comparação de termopares.

CORRELAÇÃO DA F.E.M. EM FUNÇÃO DA TEMPERATURA.

Visto que a f.e.m. gerada em um termopar depende da composição química dos condutores e da diferença de temperatura entre as juntas, isto é, a cada grau de variação de temperatura, podemos observar uma variação da f.e.m. gerada pelo termopar, podemos, portanto, construir uma tabela de correlação entre temperatura e a f.e.m., por uma questão prática padronizou‑se o levantamento destas curvas com a junta de referência à temperatura de 0°C.

Essas tabelas foram padronizadas por diversas normas internacionais e levantadas de acordo com a Escala Prática Internacional de Temperaturas de 1968 (IPTS‑68), para os termopares mais utilizados.

A partir dessas tabelas podemos construir um gráfico, onde estão relacionadas as milivoltagens gerada em função da temperatura, para os termopares segundo a norma ISA, com a junta de referência a 0°C.

A relação da f.e.m. “E” versus a temperatura “T” é usualmente aproximada através de uma equação do tipo:

E= A + BT + CT² +…

Onde A, B, C…, são constantes a serem determinadas experimentalmente. Se a junta de referência está a 0°C, então A = 0.

Podemos notar então que esta expressão não é linear.

CORRELAÇÃO DA F.E.M. DOS TERMOPARES BÁSICOS EM FUNÇÃO DA TEMPERATURA
CORRELAÇÃO DA F.E.M. DOS TERMOPARES BÁSICOS EM FUNÇÃO DA TEMPERATURA
CORRELAÇÃO DA F.E.M. DOS TERMOPARES BÁSICOS EM FUNÇÃO DA TEMPERATURA
CORRELAÇÃO DA F.E.M. DOS TERMOPARES BÁSICOS EM FUNÇÃO DA TEMPERATURA
RESULTANTE CORRELAÇÃO DA F.E.M. DOS TERMOPARES BÁSICOS EM FUNÇÃO DA TEMPERATURA

TIPOS E CARACTERÍSTICAS DOS TERMOPARES

Existem várias combinações de 2 metais condutores operando como termopares. Sendo o mais importante que as combinações de fios devem possuir uma relação linear entre temperatura e f.e.m.; e acima de tudo as melhores opções devem desenvolver uma f.e.m. por grau de mudança de temperatura, que seja detectável pelos equipamentos normais de medição.

Essas combinações foram feitas de modo a se obter uma alta potência termoelétrica, sendo um ponto muito importante na medição de temperatura e aliando‑se ainda as melhores características dos fios e resistência à corrosão, na faixa de utilização. Desta forma cada tipo de termopar tem uma faixa de temperatura ideal de trabalho, que deve ser respeitada, para que se tenha a maior vida útil do mesmo.

Podemos dividir os termopares em três grupos, a saber:

‑ Termopares Básicos, Nobres e Especiais

Termopar Básico Tipo CuCo “T” Cobre / Constantan

São assim chamados os termopares de maior uso industrial, em que os fios são de custo relativamente baixo e/ou sua aplicação admite um limite de erro maior.

TIPO “T” adotada Norma ANSI Cobre – Constantan

Cu (+) Cobre: Elemento formado de Cobre 99,9%.

Co (-) Constantan: Elemento formado por Cobre 58% e Níquel 42% (com variações nestes valores dependendo fabricante).

T adotada pela Norma ANSI / CuCo.

Termopar Básico Tipo FeCo “J” Ferro / Constantan

Termopares Básicos: São assim chamados os termopares de maior uso industrial, em que os fios são de custo relativamente baixo e/ou sua aplicação admite um limite de erro maior.

TIPO “J” adotada Norma ANSI Ferro – Constantan

Fe (+) Ferro:
Elemento formado de Ferro 99,5%.

Co (-) Constantan: Elemento formado por Cobre 58% e Níquel 42% (com variações nestes valores dependendo fabricante).

J ‑ adotada pela Norma ANSI / FeCo.

Termopar Básico Tipo CrCo “E” Cromel / Constantan

Termopares Básicos: São assim chamados os termopares de maior uso industrial, em que os fios são de custo relativamente baixo e/ou sua aplicação admite um limite de erro maior.

TIPO “E” adotada Norma ANSI Cromel – Constantan

Cr (+) Cromel:
Elemento formado de Níquel 90% e Cromo 10%.

Co (-) Constantan: Elemento formado por Cobre 58% e Níquel 42% (com variações nestes valores dependendo fabricante).

E ‑ adotada pela Norma ANSI / CrCo.

Termopar Básico Tipo CrAl “K” Cromel / Alumel

Termopares Básicos: São assim chamados os termopares de maior uso industrial, em que os fios são de custo relativamente baixo e/ou sua aplicação admite um limite de erro maior.

TIPO “K” adotada Norma ANSI Cromel – Alumel

Cr (+) Cromel: Elemento formado de Níquel 90% e Cromo 10% (+)

Al (-) Alumel: Elemento formado de Níquel 95% e Alumínio, Manganês e Silício (-).

K ‑ adotada pela Norma ANSI / CrAl.

CA ‑ Adotada pela Norma JIS

NiCr‑Ni ‑ Adotada pela Norma DIN

Termopar Básico Tipo NicNis “N” Nicrosil / Nisil

Termopares Básicos: São assim chamados os termopares de maior uso industrial, em que os fios são de custo relativamente baixo e/ou sua aplicação admite um limite de erro maior.

TIPO “N” adotada Norma ANSI Nicrosil/ Nisil

Nic (+) Nicrosil:
Elemento formado de Níquel 83%, Cromo 14% e Silício a 3%.

Nis (-) Nisil: Elemento formado por Níquel 95% e Silício 5%.

N ‑ Adotada pela Norma ANSI / Nicrosil Nisil

Termopar Nobre Tipo Pt PtRh10% “S” Platina 100% / Platina 90% Ródio 10%

Termopares Nobres: São aqueles que os pares são constituídos de platina. Embora possuam custo elevado e exijam instrumentos receptores de alta sensibilidade, devido à baixa potência termoelétrica, apresentam uma altíssima precisão, dada a homogeneidade e pureza dos fios termopares.

TIPO “S” adotada Norma ANSI PtPtRh10%

Pt90% Rh10% (+) :
Elemento formado de Platina 90% e Ródio 10% (+).

Pt100% (-) : Elemento formado de Platina 100% (-).

S ‑ adotada pela Norma ANSI / PtPtRh10%.

Termopar Nobre Tipo Pt PtRh13% “R” Platina 100% / Platina 87% Ródio 13%

Termopares Nobres: São aqueles que os pares são constituídos de platina. Embora possuam custo elevado e exijam instrumentos receptores de alta sensibilidade, devido à baixa potência termoelétrica, apresentam uma altíssima precisão, dada a homogeneidade e pureza dos fios termopares.

TIPO “R” adotada Norma ANSI PtPtRh13%

Pt87% Rh13% (+) :
Elemento formado de Platina 87% e Ródio 13% (+).

Pt100% (-) : Elemento formado de Platina 100% (-).

R ‑ adotada pela Norma ANSI / PtPtRh13%.

Termopar Nobre Tipo PtRh6% PtRh30% “B” Platina 94% Ródio 6% / Platina 70% Ródio 30%

Termopares Nobres: São aqueles que os pares são constituídos de platina.
Embora possuam custo elevado e exijam instrumentos receptores de alta sensibilidade, devido à baixa potência termoelétrica, apresentam uma altíssima precisão, dada a homogeneidade e pureza dos fios termopares.

TIPO “B” adotada Norma ANSI PtRh6% PtRh30%

Pt70% Rh30% (+):
Elemento formado de Platina 70% e Ródio 30% (+).

Pt94% Rh6% (-): Elemento formado de Platina 94% e Ródio 6% (-).

B ‑ adotada pela Norma ANSI / PtRh6% PtRh30%.

A importância da teoria e dos conceitos

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A teoria e os conceitos em Termopares

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Termopares são fios metálicos de materiais diferentes que quando soldados e aquecidos neste ponto, observa-se uma carga em milivolts que se apresenta de modo proporcional a temperatura, e assim são elementos que se assemelham a termo pilhas.

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